aquieto o rubro fulgor do outro lado do mar
espaço sem tempo que acende poentes
renascidos no regresso da vaga ao aflorar
velhos deltas dos mesmos rios confluentes
escrevo nesse ondular despido de terra
silêncio planado no segredo do desejo
onde crescem rosas salgadas – almejadas
ao teu olhar brilhante onde me revejo
cresce uma luz frondosa no teu rosto
que ilumina a margem acesa da esperança
sombreada entre murmúrios embalados
no inaudível sonho mareante de criança
evoco o eco do mar no poema crescente
recôndito na memória do mesmo mar
e em ti (re)encontro o mesmo afluente
da água inquieta que não quero domar…
foto: Francisco Navarro
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3 comentários:
Magnificas as tuas palavras...!
beijinho
cvb
Não é mesmo para domar.
Nem para deixar de escrever...
Beijos.
E que essa " água inquieta" seja sempre, de todas as rebeldias, a mais bela expressão de ti.
Um beijinho, Cris
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