quarta-feira, 12 de março de 2014

Revolução




vamos libertar os campos algemados
das almas dormentes, dos homens sedentos
rasgar cânticos de amor na bruma das flores
e soltar raízes presas em todas as dores

permite a frutificação das palavras proibidas
com o sabor inquieto da voz censurada...
e no eco toante de tantos vendavais
convergem madrugadas imemoriais

não deixes crescer a inércia dos injustos
que se esquecem da essência humana
e sulca na esperança o vale dum olhar
mesmo quando a distância teima resignar

quebra as celas que te querem impor
nos preâmbulos presos à insanidade
liberta flores com sabor a revolução
pois recriar Abril, está na tua mão...