terça-feira, 23 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
seM esperar
derrubaste o negro do mar que me secava
pintaste-o com o verde único do teu olhar
depondo a cada passo flores em vez de lava
e nesse gesto discreto fizeste-me sonhar
seM esperar
sonho quando acordo e estás a meu lado
belisco esse teu “bom dia” para acreditar
que o rio que corre sem margens é salgado
desfaz nós e forma laços de tanto te amar
seM esperar
esqueço as lâminas cortantes do passado
e nos teus braços abraço eternos presentes
oferendas límpidas do nevoeiro fustigado
e no teu peito nascem mil estrelas fulgentes
seM esperar
venero o teu templo agnóstico e luminoso
sopro desse deus Maior por nós tocado
silêncios nocturnos dum respirar misterioso
que reconheço no luar deste tempo provado
seM esperar
continuas a acontecer-Me
em cada momento
talvez… certo…
(esqueço-me do tempo... hoje... quando ele me tenta abrir velhas feridas passadas... a memória já não sangra... amparas-me na linha incerta que separa a Terra do Mar, lastro certo da divisão que os une... porque és o meu momento certo... assim, há sete meses... mudaste a minha vida... sem saberes... e eu... seM esperar...)
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