és o Mar
que assola a gota incandescente da paixão
o amor complacente que me acontece
que assola a gota incandescente da paixão
o amor complacente que me acontece
na antecedência dum tempo murmurante
onde renasço no ondular desta prece
maioridade ao sentir-te na pele mareante
da respiração oculta na sombra que anoitece
e no teu Mar
encontro o sal alquímico do saber do coração
lapidado na terra densa que ainda me prende
o rasgo da penumbra das horas inconfessadas
quando o teu olhar de luz invade e surpreende
os momentos perenes nas harmonias tocadas
para além do som do éter que tudo transcende
e no meu Mar
fico perdida nas tuas mãos em combustão
remos vorazes dum barco desancorado
que na dualidade procura o sul sem norte
convergência do mesmo suor desejado
sempre que o amor renasce da sua morte
velha espiral do tempo breve silenciado
e no nosso Mar
crescem as águas últimas da emoção
raízes pantanosas das quais me liberto
ao tocar o azul profundo da profecia
memórias glaciares do mesmo deserto
que nem o grito dos Deuses ousaria
determinar o mar que queremos incerto
no mesmo Mar...
onde renasço no ondular desta prece
maioridade ao sentir-te na pele mareante
da respiração oculta na sombra que anoitece
e no teu Mar
encontro o sal alquímico do saber do coração
lapidado na terra densa que ainda me prende
o rasgo da penumbra das horas inconfessadas
quando o teu olhar de luz invade e surpreende
os momentos perenes nas harmonias tocadas
para além do som do éter que tudo transcende
e no meu Mar
fico perdida nas tuas mãos em combustão
remos vorazes dum barco desancorado
que na dualidade procura o sul sem norte
convergência do mesmo suor desejado
sempre que o amor renasce da sua morte
velha espiral do tempo breve silenciado
e no nosso Mar
crescem as águas últimas da emoção
raízes pantanosas das quais me liberto
ao tocar o azul profundo da profecia
memórias glaciares do mesmo deserto
que nem o grito dos Deuses ousaria
determinar o mar que queremos incerto
no mesmo Mar...
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes