quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
Tudo está certo meu amor
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Linhas da Esperança
São íngremes as linhas da esperança...
São íngremes as linhas da esperança
na subtil sombra onde sobrevoam aves
feridas entres voos rasos de criança
como a inocência de olhares suaves
sobrepostos entre mares sibilinos
contrassenso duma estranha solidão
entre ventos agrestes e repentinos
que dilacerem o ar em combustão
Respiro na orla subtil da esperança
e revejo um homem só que antediz
o ritmo suspenso duma velha dança
arrancada à terra rochosa sem raiz
rumor inquieto e aberto à vertigem
desse voo de esperança sombreado
à nudez umbilical da mesma origem
que abarca o mar exilado, sussurrado
Fecho o olhar para ver a esperança
num céu aceso de tons purpúreos
quando reacendo a velha herança
entre passados rasos e obscuros
revejo os voos planados e incertos
onde conquistei toda a cegueira
na antecâmara de mil desertos
sulcados nas imagens da poeira
Hoje, são leves as linhas da esperança
repletas de simplicidades aninhadas
no espaço aberto à luz em mudança
harmonia de sons e cores regravadas
sem amordaçarem o voo da liberdade
equilibrado na melodia desta intuição
que me segreda a verdade da idade
liberta no coro que sustém a canção
São leves as linhas da esperança...
in, “ Rosas Roxas Proféticas"
( a publicar )
© Cristina Fernandes
sexta-feira, 8 de maio de 2020
segunda-feira, 2 de março de 2020
"O Momento Certo" - Livro (vídeo)
Vídeo do lançamento do livro "O Momento Certo"
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
sábado, 15 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
sábado, 18 de janeiro de 2020
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Triangulações
rastilhos de fogo contido no saber das horas
chamas moldadas como esculturas sem tempo
esquecidas no sobressalto das noites etéreas
onde reencontramos as sombras esvoaçantes
de velhas aves sem asas em voos suplicantes
que guardam as margens dum rio maior
duma casa abrigada no segredo da estrada
feita gruta encantada na claridade da pele
onde reescrevemos as histórias triangulares
entre sorrisos abertos de vidas milenares
da ascendência onde quebramos mistérios
dos vitrais de luz erguidos entre catedrais
iniciática transparência do oculto revelado
nas triangulações das águas deste amar
e na dualidade da venda que rasga o olhar
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Ondulantes
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 24 de setembro de 2019
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
As palavras ditas por ti
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 16 de julho de 2019
Dedilho nas cordas da tua voz
Os laços que nos laçam
Numa luz imponderável
Racionalizada no coração
Vida que flui sem intenção
Um poema feito poesia
Do amor que não revelamos
Mas sabemos existir
Num haver de sentir
Uma guitarra que clama
Os primórdios deste tempo
Atípico, num palco existencialista
Deste presente (ainda) revivalista
A música do olhar revelador
A prosa fundida sem memória
E na pele há um som que emana
E pulsa no sangue que não engana
As estruturas onde ainda vives
Engenharias de velhas arquitecturas
Desenhadas numa tela sem cor
E toco a tua alma sem dor
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 2 de julho de 2019
Fusão
No toque alquímico da tua pele escorrem desertos sedentos de água
aves aquáticas pulsam no teu coração
entre plumagens que encantam uma Lua ainda algemada
alma gémea dum Mar reconhecido
Luz duma outra cidade abandonada na sua própria ascensão
Ergues na espuma das águas um templo branco
solo sagrado dum olhar que brota no canto dos pássaros
lentamente, a Lua reconhece o seu “Karma”
num desafio espelhado no desfiladeiro da sua própria desintegração
como um abrir do “Dharma de Lótus”
in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
sexta-feira, 19 de abril de 2019
É de seda este rio que aflora
É de seda este rio que aflora
a pele transparente
o rosto sereno
o tempo vidente
dum verbo conjugado
no presente, sem futuro
inconsequente vislumbre
dos momentos de paz
em que aquietamos
a (in)quietude da horas
das tuas mãos nas minhas
a (in)fluência das águas
profundas do olhar
reconhecidas ao chegar
à velha praia do verbo amar
e, assim conjugamos
a pele confidente
o rosto pleno
o tempo ausente
É de seda este rio que aflora
in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
é de paz este amor
é de paz este amor
sem tempo, sem espaço
mas com a memória
oculta de outras eras
do tempo indeterminado
do espaço fustigado
é de paz este amor
sem dramas, sem pressas
mas com a verdade
misteriosa de outras eras
do tempo aprendiz
do espaço sem raiz
é de paz este amor
sem dependências, sem urgências
mas com a plenitude
abrangente do mesmo abraço
do tempo demorado
do espaço reencontrado
in, “ O Momento Certo “ ( a publicar ) © Cristina Fernandes foto: Cristina Fernandes
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Reencontro
Decifro no mapa da tua pele
Os regressos inesperados
Os percursos ladeados
De templos revisitados
Aguardo o sabor do saber
De (e)ternos luares religados
Entre promontórios fustigados
Por sentires nunca tocados
Regresso à praia iniciática
Da tua voz magistral
Da essência primordial
Enigma decifrado - ancestral
Revejo-me no cristal depurado
Em forma de concha transparente
Alquimia solar - sonho ardente
Deste amor Uno e confluente
in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
É no silêncio que guardo
a nossa música encantada
memória do tempo ajustado
à liberdade ainda fustigada
as palavras feitas poema
inquietas na imensidão
do mar em sal sem chão
o cofre aceso da paixão
pérolas de fogo purificado
no sorriso, hoje sublinhado
este cântico feito melodia
memorial onde resguardo
a paz quente da harmonia
É no silêncio que guardo
as âncoras do velho mar
aprisionado na liberdade
deste amor sem idade…
in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 7 de agosto de 2018
Tens na voz
A ocultação das marés
Inquietas na paz
Serenas nos temporais
De outros tempos, memoriais
A revisitação dos Deuses
Sábios de sentires
De luas solares
De sóis lunares
A revelação dum segredo
Onde ainda guardo o tempo
Inconfessado na dor
Reencontrado no amor
A maturidade da água
O coração do fogo
Purificado nos desertos
Entre mil mares incertos
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes
terça-feira, 20 de março de 2018
[sem]Equívocos
Revista [sem] Equívocos
Um projecto editorial que colaboro desde Janeiro 2017.
https://www.facebook.com/revistasemequivocos/


terça-feira, 30 de janeiro de 2018
"Fragmentos de um (só) tempo..."
Nesta exposição “Fragmentos de um (só) Tempo”, retracta a respiração intemporal dos ritmos da natureza, dos olhares que perscrutam o saber ancestral da vida, entre a flora e fauna, a fotografia acontece como um momento raro de magia. Uma dança de imagens entre viados e esquilos transporta-nos para o universo do sonho por acontecer de outros tempos. São os sussurros imperceptíveis da fauna, da flora que magistralmente encenam um bailado de encantar no cerne da natureza.
Assim, lapida as formas da imagem, os fragmentos intemporais dum só tempo, momento em que o click fotográfico congela eternamente, a ternura do olhar. Nesse deambular imperceptível das formas, a lente sempre atenta, regista segredos de olhares profundos das terras de xisto, onde as pedras têm segredos por contar, e as gentes raízes profundas de saberes antepassados.
Nesse lastro fragmentado de memórias, cresce um tempo sussurrante, onde se condensam segredos na lente do autor, um saber intuitivo ao captar momentos de rara beleza.
Entre as brumas envolventes das pateiras, crescem ecos flutuantes, filamentos soltos que a memória integra na arcada do tempo, na luz que alonga a possibilidade do sonho, redescoberto a cada instante. Nas neblinas quase líquidas crescem formas de libertação da alma, na eloquência da inocência, na sacralidade das brumas, onde se redefinem imagens povoadas de gotas soltas na memória dos tempos, entre o divagar do barqueiro que acende madrugas.
Em cada rosto há um portal para uma nova (re)descoberta, de olhares que contam histórias no silêncio de cada imagem... na (in)temporalidade de cada fragmento, de cada momento... de um só Tempo.
Janeiro, 2018