sexta-feira, 19 de abril de 2019

É de seda este rio que aflora



É de seda este rio que aflora

a pele transparente
o rosto sereno
o tempo vidente


dum verbo conjugado
no presente, sem futuro
inconsequente vislumbre
dos momentos de paz
em que aquietamos
a (in)quietude da horas
das tuas mãos nas minhas
a (in)fluência das águas
profundas do olhar
reconhecidas ao chegar
à velha praia do verbo amar
e, assim conjugamos


a pele confidente
o rosto pleno
o tempo ausente
 

É de seda este rio que aflora


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

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