quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Rosas Roxas Proféticas



 Fascinam-me os labirintos da tua memória
onde desvendo o tempo
 das rosas roxas proféticas...
e há uma travessia no prelúdio das tuas mãos
sedento na mesma ponte que nos espera
do lado azul a sul da nossa quimera...


in, “Rosas Roxas Proféticas”
a editar

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Tudo está certo meu amor



Tudo está certo meu amor
Na estridente voz do fogo
Na magnificência sabedoria
Das águas

Tudo está certo meu amor
No caminho selado da liberdade
No reflexo aprisionado na luz
Das águas

Tudo está certo meu amor
Na abrangência das rosas
Na emboscada cúmplice
Das águas

Tudo está certo meu amor
No sussurro da tua voz
No embalo profético
Das águas
 
in, “Rosas Roxas Proféticas”
a editar


segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Linhas da Esperança


São íngremes as linhas da esperança...


São íngremes as linhas da esperança

na subtil sombra onde sobrevoam aves

feridas entres voos rasos de criança

como a inocência de olhares suaves

sobrepostos entre mares sibilinos

contrassenso duma estranha solidão

entre ventos agrestes e repentinos

que dilacerem o ar em combustão


Respiro na orla subtil da esperança

e revejo um homem só que antediz

o ritmo suspenso duma velha dança

arrancada à terra rochosa sem raiz

rumor inquieto e aberto à vertigem

desse voo de esperança sombreado

à nudez umbilical da mesma origem

que abarca o mar exilado, sussurrado


Fecho o olhar para ver a esperança

num céu aceso de tons purpúreos

quando reacendo a velha herança

entre passados rasos e obscuros

revejo os voos planados e incertos

onde conquistei toda a cegueira

na antecâmara de mil desertos

sulcados nas imagens da poeira


Hoje, são leves as linhas da esperança

repletas de simplicidades aninhadas

no espaço aberto à luz em mudança

harmonia de sons e cores regravadas

sem amordaçarem o voo da liberdade

equilibrado na melodia desta intuição

que me segreda a verdade da idade

liberta no coro que sustém a canção


São leves as linhas da esperança...


in, “ Rosas Roxas Proféticas"
( a publicar )
© Cristina Fernandes

segunda-feira, 2 de março de 2020

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A sabedoria das marés...



A SABEDORIA DAS MARÉS...

O mar devolve o que não lhe pertence,
e acolhe nas entre-linhas das esperas, 
as correntes libertas e certas,
onde brotam as águas imparáveis do coração...

in, "O Momento Certo"

sábado, 15 de fevereiro de 2020

O Momento Certo

Dia 29 de Fevereiro (sábado) às 17h00 no Zeno Lounge do Casino do Estoril, 
lançamento do livro "O Momento Certo"

Editora : Modocromia
Apresentação do livro : José Luís Outono
Apresentação da Autora : Ana Maria Domingues
Participação Musical : Rogério Gil
Leitura Poesia: Luísa Ramos

sábado, 18 de janeiro de 2020

O Momento Certo


Dia 29 de Fevereiro (sábado) às 17h00 no Zeno Lounge do Casino do Estoril, lançamento do livro "O Momento Certo" 

 Obrigada


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Triangulações



rodopiam triângulos acesos na seiva dos dias
rastilhos de fogo contido no saber das horas
chamas moldadas como esculturas sem tempo
esquecidas no sobressalto das noites etéreas
onde reencontramos as sombras esvoaçantes
de velhas aves sem asas em voos suplicantes

somos esferas libertas na alegria do amor
que guardam as margens dum rio maior
duma casa abrigada no segredo da estrada
feita gruta encantada na claridade da pele
onde reescrevemos as histórias triangulares
entre sorrisos abertos de vidas milenares

 permanecemos atentos à profecia temporal
da ascendência onde quebramos mistérios
dos vitrais de luz erguidos entre catedrais
iniciática transparência do oculto revelado
nas triangulações das águas deste amar
 e na dualidade da venda que rasga o olhar


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Ondulantes


 
Desenho nos contornos da paz
Um tempo lapidado de saberes​
Ondulantes na transparência oculta​
Dos mares triangulares de sentires​
Onde permaneço na luz silenciada ​
Da água suspensa e marginada​

Reescrevo nas linhas cruzadas​
A intemporalidade dos instantes​
Ondulantes na memória da água​
Revigorada no saber da verdade​
Lida nos poros da espuma do mar​
E nos detalhes do Sol ao madrugar​
​ ​
Conheço o desenho perfilado ​
Das areias do deserto encalhado​
Ondulantes como pétalas soltas​
No olhar que despe a madrugada​
E acende manhãs enluaradas​
Numa dança de Luas revisitadas​

in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

As palavras ditas por ti


As palavras ditas por ti 
trazem o travo palpável
duma noite caligrafada
entre dedos oblíquos
da tua voz outorgada 

As palavras ditas por ti
são pérolas inquietas
entre danças perfumadas
que povoam os mistérios
alcançados nas madrugadas

As palavras ditas por ti
abarcam um oceano
imenso na inocência
do poeta sem rosto
respirado em confluência


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes


terça-feira, 16 de julho de 2019

Dedilho nas cordas da tua voz



Dedilho nas cordas da tua voz
Os laços que nos laçam
Numa luz imponderável
Racionalizada no coração
Vida que flui sem intenção

Dedilho nas cordas da tua voz
Um poema feito poesia
Do amor que não revelamos
Mas sabemos existir
Num haver de sentir

Dedilho nas cordas da tua voz
Uma guitarra que clama
Os primórdios deste tempo
Atípico, num palco existencialista
Deste presente (ainda) revivalista

Dedilho nas cordas da tua voz
A música do olhar revelador
A prosa fundida sem memória
E na pele há um som que emana
E pulsa no sangue que não engana

Dedilho nas cordas da tua voz
As estruturas onde ainda vives
Engenharias de velhas arquitecturas
Desenhadas numa tela sem cor
E toco a tua alma sem dor


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes


terça-feira, 2 de julho de 2019

Fusão





 No toque alquímico da tua pele escorrem desertos sedentos de água
 aves aquáticas pulsam no teu coração
 entre plumagens que encantam uma Lua ainda algemada
 alma gémea dum Mar reconhecido
 Luz duma outra cidade abandonada na sua própria ascensão 


 Ergues na espuma das águas um templo branco
 solo sagrado dum olhar que brota no canto dos pássaros
 lentamente, a Lua reconhece o seu “Karma”
 num desafio espelhado no desfiladeiro da sua própria desintegração
 como um abrir do “Dharma de Lótus”


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

sexta-feira, 19 de abril de 2019

É de seda este rio que aflora



É de seda este rio que aflora

a pele transparente
o rosto sereno
o tempo vidente


dum verbo conjugado
no presente, sem futuro
inconsequente vislumbre
dos momentos de paz
em que aquietamos
a (in)quietude da horas
das tuas mãos nas minhas
a (in)fluência das águas
profundas do olhar
reconhecidas ao chegar
à velha praia do verbo amar
e, assim conjugamos


a pele confidente
o rosto pleno
o tempo ausente
 

É de seda este rio que aflora


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

é de paz este amor



     é de paz este amor 
     sem tempo, sem espaço 
     mas com a memória  
     oculta de outras eras  
     do tempo indeterminado 
     do espaço fustigado

    
é de paz este amor 

     sem dramas, sem pressas 
     mas com a verdade 
     misteriosa de outras eras 
     do tempo aprendiz 
     do espaço sem raiz
     
     é de paz este amor 
     sem dependências, sem urgências 
     mas com a plenitude 
     abrangente do mesmo abraço 
     do tempo demorado 
     do espaço reencontrado 
in, “ O Momento Certo “ ( a publicar ) © Cristina Fernandes foto: Cristina Fernandes

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Reencontro




Decifro no mapa da tua pele
Os regressos inesperados
Os percursos ladeados
De templos revisitados


Aguardo o sabor do saber
De (e)ternos luares religados
Entre promontórios fustigados
Por sentires nunca tocados


Regresso à praia iniciática
Da tua voz magistral
Da essência primordial
Enigma decifrado - ancestral


Revejo-me no cristal depurado
Em forma de concha transparente
Alquimia solar - sonho ardente
Deste amor Uno e confluente


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

É no silêncio que guardo


É no silêncio que guardo
a nossa música encantada
memória do tempo ajustado
à liberdade ainda fustigada

É no silêncio que guardo
as palavras feitas poema
inquietas na imensidão
do mar em sal sem chão

É no silêncio que guardo
o cofre aceso da paixão
pérolas de fogo purificado
no sorriso, hoje sublinhado

É no silêncio que guardo
este cântico feito melodia
memorial onde resguardo
a paz quente da harmonia

É no silêncio que guardo
as âncoras do velho mar
aprisionado na liberdade
deste amor sem idade…


in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Tens na voz


Tens na voz
A ocultação das marés
Inquietas na paz
Serenas nos temporais
De outros tempos, memoriais

Tens na voz
A revisitação dos Deuses
Sábios de sentires
De luas solares
De sóis lunares

Tens na voz
A revelação dum segredo
Onde ainda guardo o tempo
Inconfessado na dor
Reencontrado no amor

Tens na voz
A maturidade da água
O coração do fogo
Purificado nos desertos
Entre mil mares incertos

in, “ O Momento Certo “
( a publicar )
© Cristina Fernandes
foto: Cristina Fernandes