Resgatada
Dos temporais que me lapidaram a alma
Das fogueiras de brumas exiladas ao luar
Dos silêncios sulcados nos poros do mar
Das flores quebradas no caudal do olhar
Resgatada
Dos becos despovoados de ternura
Das feridas confidentes da esperança
Dos labirintos onde a morte perdura
Das tribunas insanes de vingança
Resgatada
Dos braços exaustos da madrugada
Das rotas ofuscantes sem memória
Dos ventos fundeados em rajada
Das aves decifradas sem história
Resgatada
Dos caudais dum só mar em chamas
Das súplicas das mãos na voz do luar
Dos templos de areia levados pelo mar
Das sombras crescentes no meu olhar
Das feridas confidentes da esperança
Dos labirintos onde a morte perdura
Das tribunas insanes de vingança
Resgatada
Dos braços exaustos da madrugada
Das rotas ofuscantes sem memória
Dos ventos fundeados em rajada
Das aves decifradas sem história
Resgatada
Dos caudais dum só mar em chamas
Das súplicas das mãos na voz do luar
Dos templos de areia levados pelo mar
Das sombras crescentes no meu olhar
© Cristina Fernandes
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foto: Francisco Navarro
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3 comentários:
belo "resgate" - que faz explodir a Poesia.
beijo
Belo poema...Espectacular....
Cumprimentos
Resgatada
Tudo pelo melhor
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