Foto: Miguel Quaresma
Rasgo o azul num voo quente que se rompe no silêncio
exasperada é a quietude deste novo espectro latente,
vitral de luz nascente em cada precipício sobrevoado
envolvência ardente no olhar do peregrino resistente
Foco duma fonte continuada em cada momento
superfície profunda e marginal na terra laminada,
onde se plantam raízes no mar erguido de apogeu
no olhar herege volvido na margem da madrugada
Lentamente, grau a grau há um poente sem idade
por dentro desse olhar que alcança o infinito do céu
e sem o tocar, trespassa-se na luz que me invade
Lentamente, suplanto o mesmo degrau jade
quando sorrio ao breu e a este amor que nasceu,
no mesmo olhar rendilhado de cumplicidade
20 comentários:
Os poentes não deviam de ter idade ou pelo menos não pesar como tal, deviam ser apenas um gesto poético.
Concordo, o poente já por si, é um poema feito de tantas cores que só um olhar atento consegue destrinçar.
Beijos.
Bonito soneto....gostei...
Beijo
Um soneto maravilhoso...cheio de metáforas e rico em imagens poéticas,cheio de movimento...um movimento intrínseco...e há poentes extraordinariamente belos...tal como o teu soneto!!!
Boa viagem para esse salto azul quente!
olá Cris
poema suave fascinante.
um "poente " que tem teu feitiço..
és um tesouro..
feliz fim de semana amiga
beijos!!
E neste soneto belíssimo, o poente, tal como o amor, não tem idade.
Um beijinho
Belo soneto...Espectacular....
Cumprimentos
Que belo soneto, muito rico de conteúdo!
Reparei hoje que somos vizinhas de concelho, cresci em Paço d'arcos e vivo em Carnaxide.
Beijinhos
Extraordinário soneto, este « Lentamente»
«Lentamente, grau a grau há um poente sem idade
por dentro desse olhar que alcança o infinito do céu
e sem o tocar, trespassa-se na luz que me invade»
Recheado de metáforas é de uma beleza impar.
Bjito amigo
"Lentamente, grau a grau há um poente sem idade
por dentro desse olhar que alcança o infinito do céu
e sem o tocar, trespassa-se na luz que me invade",
escreveste.
Gosto desse tema que te é tão próprio, que marca o teu tom, o desejo de infinito, o voo pelas étapas imaginadas e sentidas na viagem sem fim com o poente sempre a afastar-se e tu, e nós, sempre diferentes e sempre os mesmos na mesmíssima essencialidade. Fome de absoluto? Eterna viagem dentro desta irremediável transitoriedade.
Um abraço.
um soneto onde os olhares rendilhados são cumplices.
muito bonito
boa semana
beij
Chris,
Simplesmte sublime este seu soneto.
"sorrio ao breu e a este amor que nasceu,"!
Celebrar o amor é viver.
Beijinhos.
Ailime
lindo soneto!! desejo-te uma boa semana!! beijinhos fofinhos!!
Certo foi este belo momento, passando por aqui. Tudo de bom.
Muito bom...bem carregado de diversos sentimentos e pesares!!
[]s
"Lentamente, grau a grau há um poente sem idade
por dentro desse olhar que alcança o infinito do céu"
Excelente, esta parte e todo o soneto.
Gostei imenso, querida amiga Cristina.
Beijos.
Minha Querida
Mais um poema maravilhoso!
Lentamente destrinça-se o poente, verso por verso e constrói-se um soneto de amor num compasso a dois.!
Beijo
Graça
Eis um belo soneto! Parabéns Cristina...
Um beijo,
AL
Minha querida
Um poema muito belo...nos silêncio há tanta palavras, adorei.
Beijinho com carinho
Sonhadora
Soneto notável.
Gostei imenso.
Um beijo.
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