
(foto: tela "Nascimento", de Dina Ventura)
És
O tempo reencontrado
Na paragem da respiração
O amor inesperado
A quem não sei dizer não
És
O sonho flutuante
Na noite cicatrizada
A gota de sal soante
Na pele incendiada
És
O espaço reconstruido
Depois do caos possante
O mar desmedido
Que brota incessante
És
O sorriso esperado
Desse primeiro momento
O céu alcançado
No seu quinto elemento