sabemos
das âncoras resgatadas do fundo do mar
das dormências acordadas ao regressar
das âncoras resgatadas do fundo do mar
das dormências acordadas ao regressar
a esse local de prelúdios entrelaçados
altar de nós que já sabemos desatar
sabemos
dos sussurros da lua que guarda o céu
das vozes dum templo magistral e ateu
onde desenhamos o perfil da planície
recolhida no mesmo olhar sem véu
sabemos
do silêncio das pedras quebráveis
dos ecos dos desertos aráveis
das pérolas que nasceram da dor
de tantas vidas vividas e tocáveis
sabemos
do sentido das águas
contidas no olhar
ao regressar...
altar de nós que já sabemos desatar
sabemos
dos sussurros da lua que guarda o céu
das vozes dum templo magistral e ateu
onde desenhamos o perfil da planície
recolhida no mesmo olhar sem véu
sabemos
do silêncio das pedras quebráveis
dos ecos dos desertos aráveis
das pérolas que nasceram da dor
de tantas vidas vividas e tocáveis
sabemos
do sentido das águas
contidas no olhar
ao regressar...
© Cristina Fernandes
foto: Francisco Navarro
8 comentários:
Regressar, sabendo
será um belo momento
(bonito e sentido, isto!)
Tanto por saber
é o que move ventos e marés
Belo
Sabemos tanta coisa e não sabemos nada nem o sentido das águas contidas num olhar.
Eu sei que gostei do que li.
Olá, minha amiga Cristina!
Sabemos que estás a escrever muito bem...
Um beijo.
sabemos de teu talento poético.
muito belo
beijo
E também sabemos que fizeste um excelente poema.
Gostei imenso, como sempre.
Beijinhos.
Excelente poema....
Cumprimentos
Pois sabemos, amiga!
Com o tempo vamos sabendo muita coisa, principalmente a força indomável do tempo!
Beijinho para si!
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