quarta-feira, 4 de agosto de 2010

e o Amor és tu...


e o Amor és tu
nas noites abertas de luz - manto sagrado
das tuas mãos como vagas ondulantes
que nunca assim senti em nenhum passado,
são recortes tão certos quando entrelaçam
as minhas, como estrelas lunares elevadas
no crepúsculo de dois rios que se abraçam

e o Amor és tu
nos dias inundados deste Sol renascido
radiante no fulgor do primeiro sorriso
que guardo dentro dum saber intuído,
espaço dum cofre secreto - o coração
que mesmo magoado noutros pretéritos
reconhece o caminho certo da paixão

e o Amor és tu
nas madrugadas dóceis de branduras
sonho real no leito imenso da tua pele
como o sal dum mar que gera curas,
sem arestas crivadas no pensamento
e abre uma porta deste novo véu
transparente - nosso eterno momento