quarta-feira, 12 de março de 2014

Revolução




vamos libertar os campos algemados
das almas dormentes, dos homens sedentos
rasgar cânticos de amor na bruma das flores
e soltar raízes presas em todas as dores

permite a frutificação das palavras proibidas
com o sabor inquieto da voz censurada...
e no eco toante de tantos vendavais
convergem madrugadas imemoriais

não deixes crescer a inércia dos injustos
que se esquecem da essência humana
e sulca na esperança o vale dum olhar
mesmo quando a distância teima resignar

quebra as celas que te querem impor
nos preâmbulos presos à insanidade
liberta flores com sabor a revolução
pois recriar Abril, está na tua mão...

5 comentários:

Graça Pires disse...

Vamos "rasgar cânticos de amor na bruma das flores e soltar raízes presas em todas as dores"...
É "o momento certo", sim Cristina.
Gostei do teu poema de alerta.
Beijo.

Graça Pereira disse...

No momento certo...eu voltei! Para continuar a luta..começada há quase
200 anos...Com poemas maravilhosos como este, com palavras a cheirar a primavera e com gestos e acções que são muito nossas...será outra vez Abril!
beijo
Graça

Manuel Veiga disse...

um belo momento (certo) de poesia como arma...

gostei muito.

beijo

tb disse...

Está na nossa mão, sim Cristina.
Gostei muito do poema!
Jinhos

Cristina Fernandes disse...

Muito obrigada a todos os amigos que por aqui passam, os que deixam palavras que leio e guardo no coração... e os que simplesmente passam... ficando...
Bem hajam e obrigada!!