segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sombras lunares

Sombra duma lua submersa
alada como um corcel ao peito
insuspeito no rasgo da prosa
esboçada nesta lápide porosa
 
Sombra memorial dum vento
onde invento a cor - sabor
deste estranho amor voraz
reminiscência velha da paz
 
Sombra quebrada em crescente
no silêncio iniciático do olhar
madrugar ondulado nas vagas
de outras marés fustigadas
 
Sombra definida, pressentida
na dança nocturna deste céu
rendido sem véu ao mar
religado ao regressar
 
ao mesmo luar... 
 
© Cristina Fernandes
foto: Nuno Viana
 

5 comentários:

Manuel Veiga disse...

há luar que nunca se esquece...
que as sombras (fugazes) dão ainda mais encanto

beijo

Jaime Portela disse...

Gostei imenso do seu poema.
Voltarei mais vezes para a ler.
Cristina, tenha um bom fim de semana.
Beijinhos.

tb disse...

Há luares assim... brilhantes.
Beijinho, amiga,

Jaime Portela disse...

Voltei para ver as novidades...
Cristina, tenha uma boa semana.
Beijinhos.

O Profeta disse...

Oiçam este poeta de tostão
Que já prometeu e pediu uma mão
Oiçam a palavra salgada de saliva
Não tenho muito lugar, em ti, paixão


Passei para te desejar uma radiosa semana

Doce beijo