quarta-feira, 16 de abril de 2014

brevidades (solares)




brevidades

exaustas entre brumas

que silenciam memórias

rasantes no voo das aves

e acendem no éter sideral

a flor do sol (in)temporal


brevidades

cercadas de luz mística

enrerada em velhos tempos

de mistérios triangulares

ladeados dum só mar

amor do meu olhar


brevidades

reflectidas nesta terra

onde se quebram sóis

fogosos e primordiais

raízes liquidas decifradas

no apelo das madrugadas


brevidades

convocadas por Deuses

iniciação sagrada das marés

eco uníssono e magistral

audível nos poros silenciados

enigmas de corpos fundiados


brevidades

onde crescem

saberes dum só sol...


© Cristina Fernandes
https://www.facebook.com/OMomentoCertoPoesia
foto: Francisco Navarro
https://www.facebook.com/FrankNavarroFotografia

4 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

A flor do sol
é (como dizes) intemporal

Cada brevidade é um
é um imensurável momento

vieira calado disse...

E tudo é brevidade,
debaixo deste sol pintado de azul!

Beijinho para si!

Graça Pires disse...

Brevidade deste momento em que leio o teu poema, Cristina,
Um beijo.

Manuel Veiga disse...

brevidades irradiantes. como rasto de um cometa...

beijo