sexta-feira, 30 de agosto de 2013

seara azul

 
 
 
abre-se a luz à longura do olhar
consentindo murmúrios na planura
da seara azul - maré de encantar
velho sonho perfilado de ternura

presinto nas vagas a sede
fundeada em memórias glaciares
novo momento que antecede
o chegar dum tempo sem lugares
 
avisto neste voo a transparência
da manhã aportada à madrugada
onde ouso tocar a confluência
na margem secreta iluminada

embarco nas raízes do sentir
nos teus braços a naufragar
amor que já não sei fingir
da vontade de te ver chegar
 

© Cristina Fernandes
 
 

3 comentários:

Mar Arável disse...

Belo este mar

Manuel Veiga disse...

belos percursos e confluências - a iluminar margens secretas...

gostei. deveras

beijo

Nilson Barcelli disse...

Embarquei nas "raízes do teu sentir".
E gostei muito das tuas palavras.
O poemá é excelente.
Cristina, tem um bom fim de semana.
Beijo.